Somos Livres e Merecemos Viver em Paz !



Bom Dia Gente!!

Acredito que vocês tenham visto a Campanha que esta rolando nas redes Sociais sobre a pesquisa que fizeram á respeito do Estupro!

E acredito que vocês também estejam indignados com o resultado da pesquisa, claro que estamos em um país livre onde podemos expressar nossos pensamentos e nossas vontades, e acredito que  muitos realmente pensam como o resultado da pesquisa, mas pelo amor de Deus, vamos pensar diferente, vamos mudar essa página porque nós mulheres não somos objetos.

E onde está o crime por andarmos com uma saia mais curta, ou uma bermuda, vestido e etc....Estamos em um país tropical onde as temperaturas chegam á quase 40 Graus. Não estamos em um país muçulmano onde as mulheres tem que andar de burca, essa não é nossa cultura.

Você estuprador que fala que é porque nos vestimos assim que merecemos ser estuprada, com certeza tem mãe, irmãs, sobrinhas, primas, amigas......imagine se todas elas também merecessem ser estupradas, Você iria gostar? E se algum dia você tivesse uma filha e isso acontecesse com ela, você iria apoiar a pessoa que fez o ato?  Claro que não.....

Repugnante esse jeito que muita gente pensa, e pior ainda, repugnante o modo como agem, somos mulheres de fibra, estamos batalhando por uma vida melhor, muitas de nós somos mães e pais e não merecemos tal atenção. Aliás... Dispensamos esse tipo de Atenção. Fiquem com esse "pensamento" pobre inteiramente para vocês, e nos deixem livres para vivermos em PAZ!!!!

Organizadora de campanha contra estupro recebe ameaças na web.

Pesquisa constatou que a maior parte dos brasileiros acredita que as mulheres são responsáveis por sofrerem abusos sexuais.




Um assunto tomou conta das redes sociais neste fim de semana: a reação ao resultado de uma pesquisa nacional sobre estupro. Essa pesquisa constatou que a maior parte dos brasileiros acredita que as mulheres são responsáveis por sofrerem abusos sexuais. E elas decidiram não ficar caladas.
A campanha tem três dias. Começou com uma foto da organizadora, a jornalista Nana Queiroz.

Rápido, milhares de pessoas - mulheres, homens, famílias inteiras - se mobilizaram e aderiram ao pedido de dar um basta à violência sexual. E, com a mesma força, vieram respostas que Nana não imaginou: ofensas e até ameaças. 
“Cinco minutos depois eu já tinha uma ameaça de estupro, dez minutos depois eu já estava num site pornô pedindo para ser estuprada, minha foto manipulada. Eu estava com os braços escritos – ‘não mereço ser estuprada’. Eles apagaram o ‘não’ - e colocaram ‘mereço ser estuprada’", conta a jornalista.
As mensagens são muito agressivas, algumas defendem a prática do crime de estupro. Um deles deixou a jornalista, particularmente chocada: num perfil, que já foi apagado, um homem disse que já tinha cometido o crime e faria de novo. Ela decidiu dar queixa na Delegacia da Mulher. E espera que os responsáveis sejam localizados e punidos. A campanha começou como reação aos resultados de uma pesquisa do Ipea - o Instituto de Política Econômica Aplicada: 3.800 pessoas foram ouvidas em todo o país.
Nela, 61,5% dos entrevistados disseram que as mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas e 58,5% afirmaram que se as mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros. E as mulheres foram mais da metade dos entrevistados para a pesquisa.
Daniel Cerqueira, coordenador da pesquisa, diz que a principal conclusão é que a sociedade brasileira está impregnada pela cultura machista.
“A primeira coisa que temos que fazer, acredito, é trazer à tona esse problema que muitas vezes está escondido embaixo do tapete, está encerrado entre quatro paredes e falar para a mulher o seguinte: que ela não é culpada, ela é sempre a vítima. E por que isso é importante? Porque centenas de vítimas simplesmente não vão prestar queixa à polícia, porque elas vão achar que elas que na verdade fizeram alguma coisa, que facilitaram e vão ser mal vista na sociedade”, disse o pesquisador.
Para fazer o estudo, os pesquisadores tiveram acesso a dados que mostraram que mais de 500 mil pessoas por ano são vítimas de estupro no Brasil. Sofrem, inclusive, estupros coletivos e a polícia só toma conhecimento de 10% desses casos. Das mulheres que aderiram à campanha que pede, na internet, o fim da violência sexual, centenas contaram ter sido ameaçadas.
Mesmo sendo ameaças virtuais, Nana acredita que elas têm que ser denunciadas.
“Mulher que tomou essa ameaça vá a delegacia, faça a sua denúncia, ganhe proteção da polícia, do seus amigos. Eu acho muito importante que isso aconteça para que esse movimento não sirva, ninguém tire vantagem dele para se vingar da atitude feminina estuprando”, destaca.
É uma causa em que todos são bem-vindos. “Acorda, garota, seu corpo é seu, você fazer o que quiser com ele. Você pode usar saia curta, você pode usar burca, você ser religiosa ou ateia, se vestir conforme suas crenças. Ninguém tem direito de te violentar por isso”, defende.
Fonte:http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/03/organizadora-de-campanha-contra-estupro-recebe-ameacas-na-web.html
Merecemos Viver em PAZ!

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